Ontem de manhã, o professor Laércio, em seu site Português na Rede, postou o seguinte artigo:
Concordo com ele. Coincidentemente, horas depois, durante a revisão de um livro da área de Medicina, encontrei a palavra 'malformação'. Imediatamente, troquei-a por 'má-formação', forma hifenada prevista pelo VOLP e registada em dicionários. No entanto, como a minha curiosidade é maior do que qualquer certeza que eu possa ter, resolvi consultar VOLP, Houaiss e Aurélio... Eis que, para minha surpresa, aparece registrado no Houaiss:
malformação Datação: sXX
n substantivo feminino
1 defeito na forma ou na formação; anomalia, aberração, deformação
1.1 Rubrica: patologia.
vício de conformação de uma parte do corpo, de origem congênita ou hereditária, ger. curável por cirurgia [Distingue-se da deformação (adquirida) e da monstruosidade (incurável).]
E no Aurélio:
malformação [Do fr. malformation.]
Substantivo feminino.
1.V. má-formação.
E no VOLP: 'malformação s.f.'
As três publicações também registram 'má-formação'.
Ora, conforme já observamos no supracitado artigo do professor Laércio, se o termo que vem logo após mal/má é um verbo/particípio, deveríamos usar o advérbio 'mal'; caso o segundo elemento seja um substantivo, deveríamos grafar com o adjetivo 'mau/má'. Logo, seguindo esse raciocínio, só poderíamos admitir como correta a grafia 'má-formação'. Certo? Errado.
O problema é que, como se não bastasse, além de malformação, o VOLP também registra malcriação. Podem conferir.
Também estão registradas no Vocabulário as formas 'má-formação' e 'má-criação' (que os dicionários dão como sinônimos de 'malformação' e 'malcriação', respectivamente).
Qual o porquê dessa duplicidade? Há pistas nas próprias obras. O Aurélio apenas acusa a origem francesa de 'malformação' (malformation); já o Grande Dicionário Houaiss (2001, a melhor versão do Houaiss já publicada até hoje) comenta que "depreendido de malformado, supõe-se um verbo malformar, do qual haveria o derivado malformar + -ção; caso não se admita esse padrão derivacional, malformação estaria por má-formação" (p. 1821, grifos do autor).
Como o Houaiss sugeriu uma hipótese morfológica para explicar essa estranha forma, daí para cogitarmos uma consulta ao Dicionário Etimológico de Antônio Geraldo da Cunha foi só um pulo. Lá, o autor faz uma interessante observação:
malformação s.f. '(Med.) qualquer deformidade ou anomalia geralmente congênita' séc. XX. Do francês malformation. Ocorre também no português 'má-formação', que, inclusive, está mais de acordo com os princípios lexicológicos que regem a formação de vocábulos compostos como este (p. 402, grifo nosso).
O uso realmente oscila entre uma forma e outra. Conforme constata Maria Helena de Moura Neves em seu Guia de Uso do Português, 'má-formação' e 'malformação' "são formas variantes, igualmente usuais (cerca de 50%, cada uma)" (p. 491). Quanto a má-criação e malcriação,
Do ponto de vista prescritivo, é Domingos Cegalla o primeiro autor (por mim encontrado) a insurgir-se contra essa má-formação de 'malformação', prescrevendo o seguinte em seu Dicionário de Dificuldades (2010):
[...] são formas variantes. A forma malcriação (ausente dos dicionários mais recentes, e de formação semelhante à malfeitoria) tem sido condenada, considerando-se que mal como advérbio, não poderia modificar o substantivo criação. As duas formas são usadas com frequência aproximada (p. 489, grifos da autora).
Do ponto de vista prescritivo, é Domingos Cegalla o primeiro autor (por mim encontrado) a insurgir-se contra essa má-formação de 'malformação', prescrevendo o seguinte em seu Dicionário de Dificuldades (2010):
Má-formação, forma vernácula, deve ser preferida a malformação, cópia do francês malformation. Em português, mal, como advérbio, se usa com adjetivos e verbos: malcriado, mal-educado, malquerer, maldizer, etc. Antes de substantivos, emprega-se mau ou má: má-criação, má-formação, má-oclusão, mau-caráter, etc (p. 251).
Fazendo coro com Cegalla, Napoleão Mendes de Almeida, embora não cite 'malformação' em seu Dicionário de Questões Vernáculas (1981), dedicou um verbete à palavra 'má-criação':
A palavra é má-criação, que poderia escrever-se sem hífen se não fosse o Formulário Ortográfico [...] E assim: má-adaptação, má-fé, porque a substantivo deve preceder a forma adjetiva, e não a adverbial. Mal, com l, emprega-se quando precede adjetivo ou forma verbal: malcriado, mal-humorado, mal-agradecido, maldizente [...]. Temos maldição, malfeitor, mas aqui não houve composição dentro do idioma, senão apócope do primeiro elemento de maledictionem, malefactorem (p. 179, grifo nosso).
Curiosamente, Celso Luft diverge de modo muito sagaz: em seu ABC da Língua Culta (2010), defende as formas 'malformação' e 'malcriação' (condenadas por Cegalla e Napoleão).
Sobre 'malcriação', diz o gramático gaúcho:
Derivado normal de malcriado; plural malcriações. | A outra forma, reclamada (como a "correta") pelos puristas, má-criação, plural "más-criações" (!), não passa de artificialidade logicista: para uma base substantiva (-criação) um anexo adjetivo (má-). Ora, ora, o que está em jogo não é 'criação que seja má' e sim 'qualidade ou ato de malcriado'. Duas outras derivações, também populares, comprovam isso: malcriadez e malcriadice, e não *má-criadez, *má-criadice (embora o Volp 2009[1] tenha registrada essa forma; pode até existir, como ultracorreção[2] de [mawkria'disi] = mau criadice > (concordância) má criadice > má-criadice; isto explicaria também má criação > má-criação como efeito de ultracorreção) (p. 268, grifos do autor)
Sobre 'malformação', diz:
vale o dito em malcriação: assim como malcriado + -ção > malcriação, assim malformado + -ção > malformação, se não se trata de empréstimo do francês "malformation"; mas como o uso sincrônico envolve constante reanálise, recriação da palavra: 'caráter de malformado' (deformado, anômalo) > malformação. Má-formação, a implicar o plural más-formações (!), talvez resulte de ultracorreção: [mawforma'sãω] = mau formação > (concord.) má formação > má-formação (p. 269, grifos do autor).
Discórdia: Luft estranha o plural formado a partir das formas hifenadas com adjetivo ('más-criações', 'más-formações') e parece não dar a mínima importância para a palavra francesa a partir da qual surgiu a forma em português (malformation), considerando não a lógica da regularização ortográfica, mas apenas a derivação originada — dentro do próprio vernáculo — a partir dos adjetivos 'malformado' e 'malcriado' (qualidade/ato/caráter de 'malformado'/'malcriado'). Esse raciocínio, vale observar, concilia-se com o que vimos na citação do Houaiss (2001), alguns parágrafos atrás (repito: "depreendido de malformado, supõe-se um verbo malformar, do qual haveria o derivado malformar + -ção; caso não se admita esse padrão derivacional, malformação estaria por má-formação"). O que o dicionarista apenas hipotetiza[3] e sugere, o gramático ratifica.
A meu ver, a argumentação de Luft parece honesta e talvez tenha sua razão de ser; todavia, alinho-me com o pensamento do dicionarista Antonio Geraldo da Cunha: 'má-formação' está mais de acordo com os princípios lexicológicos que regem a formação de vocábulos compostos do que 'malformação'.
Gostaria mesmo era de saber o que teria a dizer Said Ali a respeito dessa malformação. Para refletir, um pertinente trecho de sua Gramática Histórica da Língua Portuguesa:
Gostaria mesmo era de saber o que teria a dizer Said Ali a respeito dessa malformação. Para refletir, um pertinente trecho de sua Gramática Histórica da Língua Portuguesa:
Quando se estuda o fenômeno da composição dentro do domínio de certo idioma, deve-se atender principalmente ao que esse idioma tem produzido com seus próprios recursos. Não servem de prova para os fatos palavras compostas preexistentes à formação do dito idioma, ou importadas de outra língua, dando a impressão de palavras simples. Pela criação do vocábulo VINAGRE, fr. VINAIGRE, it. VINAGRO não é responsável a língua portuguesa, e este exemplo não atestaria a possibilidade de formarmos um vocábulo novo, combinando um substantivo com um adjetivo (p. 260, grifo nosso).
O assunto é digno de uma pesquisa mais exaustiva, mas são 3 h da manhã e eu ainda tenho 100 laudas pra revisar. Além disso, acho que careço de critérios morfológicos fundamentados para ir além. Agradeço a todas as opiniões que puderem ser compartilhadas aqui conosco (e, quem sabe, anexadas a este texto).
Terrível, não? Não me conformo com essa (suposta?) má-formação da palavra malformação. E de quebra, por ironia do destino, ainda sou tachado pelo Luft de purista. Tsc.
[1] Tendo Luft falecido em 1995, fica claro que esse trecho não é de sua autoria.
[2] De acordo com Houaiss (2009), ultracorreção é definida como o "fenômeno que se produz quando o falante estranha, e interpreta como incorreta, uma forma correta da língua e, em consequência, acaba trocando-a por uma outra forma que ele considera culta; nessa busca excessiva de correção (seja na fonética: mantor por mantô, seja na acentuação: rúbrica por rubrica, seja na escolha do vocabulário: genitora por mãe), nota-se em geral o temor do falante de revelar uma classe de origem socialmente discriminada; hipercorreção, hiperurbanismo"
[3] derivação do substantivo 'hipótese' não registrada em dicionários nem no VOLP.
Muito bem sedimentados os seus argumentos, Davi. Revela um pesquisador incansável e apaixonado pela origem das palavras, o que aponta para o futuro de um grande linguista - no mesmo patamar dos aqui citados.
ResponderExcluirCaramba!! Acabei de conhecer o blog e me deu até dor de cabeça... Como é que eu vou explicar essa parafernália todas aos meus alunos? É praticamente um curso de uma palavra só. Muito bom! Parabéns e obrigado.
ResponderExcluirSim, conforme eu disse no texto, estava com sono e nunca mais voltei 'pra' fazer uma revisão... Mas é bem provável que, se eu tivesse feito isso, teria mantido a maioria dessas "impurezas", muitas das quais continuarei a reproduzir aqui nos comentários.
ResponderExcluirComeçou bem, meu caro padawan. Porém, há falhas tanto em sua argumentação quanto em seu domínio das normas gramaticais... Nada contra. Também não sou perfeito e cometo vários deslizes. Só que você pisou na bola. Quer ver?
Primeiro, aprenda uma coisa: ser "purista" não significa dominar inteira e perfeitamente as normas gramaticais. Significa, principalmente, ter fixação, obstinação e teimosia com regras que não funcionam mais e não ter consciência de que a língua está em constante mudança. Ao constatar que "malformação" era forma abonada por gramáticos e dicionaristas e não me conformar com isso, ironizei a situação, intitulando-me "purista". E o fiz exclusivamente por esse motivo. Você tentou fazer – forçadamente – ironia em cima de outra ironia.
Sim, escrevo "site" (aliás, será que os puristas não escrevem "site", ainda que involuntariamente?... Vou pesquisar sobre isso!) da mesma que a maioria dos usuários da língua usa esse estrangeirismo. Em que mundo você vive? Lá no texto, também uso "tsc" (como assim, você não percebeu?), "pra", entre outras formas não puras. Mas por que a implicância com o itálico? São meras questões de formatação (normas técnicas) que deixaram de ser feitas... O que isso tem a ver com "ser purista"? Que sujeitinho mais confuso, eu hein...
A propósito, a palavra "hifenado" existe no VOLP, senhor desinformado. Confira a nota explicativa do VOLP, página LIII:
"Está claro que, para atender a especiais situações de expressividade estilística com a utilização de recursos ortográficos, se pode recorrer ao emprego do hífen nestes e em todos os outros casos que o uso permitir. É recurso a que se socorrem muitas línguas. Deste "não" hifenado se serviram no alemão Ficthe e Hegel para exercer importante função significativa nas respectivas terminologias filosóficas; nicht-sein e nicht-ich, de que outros idiomas europeus se apropriaram como calços linguísticos. Não é, portanto, recursos para ser banalizado."
Autores como Evanildo Bechara (o maior gramático brasileiro vivo) também usam essa forma verbal:
"[...] a tradição manda hifenar e conservar o h [...]" (A Nova Ortografia, p. 103)
E tenha certeza de que não fazem isso por algum equívoco, até porque o VOLP também registra a palavra "hifenação", a partir da qual se depreende, sem qualquer medo de ser feliz, "hifenar".
Notei que você também não é purista OU devia estar com sono:
a) Ora escreve "purista" com inicial maiúscula (e por que motivo?), ora com inicial minúscula.
b) Deixou de usar a vírgula em "[...] não é purista?". Nada contra, mas é que VOCÊ se mostrou tão preocupado com vírgulas, Reinaldo...
c) Escreveu "Desculpe, você não é purista"... E a transitividade? Você apagou o pronome pessoal, meu revisor voluntário!
Deve haver outras impurezas; mas quem se importa, não é mesmo? Isso aí foi só pra baixar a tua crista um pouquinho.
Viu só? Você é tão "purista" quanto eu! Porém, precisa ler mais e ficar mais atento. Não quero baixar tua bola: só essa revisão que você fez aqui no meu blog já é um bom começo =)
E, graças a Deus, não sou e NUNCA serei purista, Reinaldo Azev... (ops, desculpe-me). Muito obrigado por ter deixado isso bem claro 'pra' mim!
Ih!, ficou boladinho... kkkkkk... O primeiro parágrafo, então... hilário! Panos quentes resolvem tudo. Não me intitulo purista, não obstante. Sem aspas. kkkkkk... "De como me tornei purista"... "NUNCA serei purista"... kkkkk... quanta incoerência, Let It Be! Só para constar: purista (adjetivo), Purista (substantivo). Por isso, em b), sem vírgulas. O verbo desculpar pode ser intransitivo, sem pronome (leia Francisco Fernandes). Valha-me! Quem sabe há algo mais interessante a trocarmos mais à frente. rexsilua@gmail.com
ResponderExcluir"...'De como me tornei purista'... 'NUNCA serei purista'... kkkkk... quanta incoerência, Let It Be!"
ResponderExcluirIncoerência é você não admitir (ou fingir não entender) o que eu quis dizer. "De como me tornei purista" é claramente irônico. Basta ler os demais textos do blog para se certificar disso: um purista jamais defenderia uma forma feminina para a palavra "presidente" ou cogitaria a pronúncia aberta para a palavra "algoz" (ó).
Você ainda não entendeu que minha finalidade, por meio deste blog, não é tentar impor lições de "certo" ou "errado", mas evidenciar as divergências existentes entre diversos estudiosos do português sobre determinadas questões e, quem sabe, (ajudar a) esclarecê-las. Também não constatou que levo em consideração os usos feitos por usuários da língua (que, mais cedo ou mais tarde, podem encontrar reconhecimento e amparo por meio de autores da área).
Se o objetivo do blog fosse simplesmente ditar o que é certo e condenar o que é errado (em vez de questionar o que é tido como certo e o que é tido como errado), talvez fizesse realmente algum sentido você ficar apontando erros, como quem aponta contradições no discurso alheio. Você se equivocou ao pensar que estava corrigindo alguém que se pretendia purista e falhou na tentativa de me ironizar.
Ainda que eu fosse realmente purista e que você estivesse realmente apontando contradições no texto de um purista, seu comentário continuaria equivocado, pois você não entende que até mesmo um purista pode cometer erros por falta de atenção e mantê-los no texto, caso não o revise (o fato de haver erros num texto não significa, necessariamente, que o autor não saiba identificar esses erros e que seja incapaz de corrigi-los). O bom senso (palavra na qual o VOLP exige o hífen e que eu, por uma questão de consagração de uso, nunca hifenizei) nos diz que nem mesmo um revisor de texto deve ser revisor de seu próprio texto. Outro motivo pelo qual eu nunca me chamaria verdadeiramente de "purista" é que esse termo já se tornou (há muito tempo) tão pejorativo que nem aqueles que fazem por merecer esse título aceitam/admitem ser chamados assim. Está clara aqui a ironia que você não percebeu.
"Não me intitulo purista, não obstante."
E nem poderia. Você nem sabe realmente o que é ser purista, já que (além do que demonstrei acima) confunde faltas e erros de padronização (uso de itálico, uso de aspas) com os erros que os puristas perseguem (gramaticais). Uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Realmente, pra que você fosse purista, não deveria nunca colocar a locução "não obstante", que significa "apesar de", "a despeito de", no fim da frase. A tradição culta prescreve o emprego de termo regido: não obstante X, ... No discurso jurídico, até se tornou comum o uso da expressão como conectivo. Mesmo assim, a colocação no fim da oração não convém a alguém que gosta de apontar erros em textos alheios.
"Só para constar: purista (adjetivo), Purista (substantivo). Por isso, em b), sem vírgulas."
ResponderExcluirSinceramente, não há nada no contexto que justifique o fato de você ter grafado "Purista" com inicial maiúscula (leia a Base XIX do Novo Acordo Ortográfico, que só formaliza aquilo que já era previsto há muito tempo), a não ser um critério estilístico que, no contexto do comentário, não tem razão de ser.
Quando se diz "não é purista?" sem vírgula, deixando de se destacar o vocativo, a frase toma outro sentido (leia de novo: "não é purista"). O vocativo deve sempre vir separado por vírgula. Quando inicia a frase, o vocativo exige vírgula depois. Quando o vocativo está no meio, deve vir entre vírgulas. Quando o vocativo está no final, deve ser antecedido pela vírgula. Se, no entanto, você tentou dizer outra coisa, então a construção "Para que aspas na citação[...], não é purista?" carece de sentido e, dentro do contexto de seu comentário (que se pretendia) irônico, está mal-elaborada de qualquer forma.
"O verbo desculpar pode ser intransitivo, sem pronome (leia Francisco Fernandes)."
Não há nada na obra de Francisco Fernandes afirmando que o verbo desculpar "pode ser intransitivo". Em todos os casos, o verbo é sempre transitivo (direto e/ou também indireto). Quem desculpa, desculpa alguém (de alguma coisa) ou desculpa alguma coisa. Num texto em que você se pretendia corretor, deveria ter escrito "desculpe-me", com pronome. É preciso saber ler os dicionários.
O curioso é que seu primeiro comentário só prova que você demonstra (pretender) ser mais purista do que eu poderia, um dia, vir a ser. E, se estou aqui agora apontando suas "incoerências" (como se eu fosse um purista), não é porque me agrada fazer isso; trata-se apenas de uma resposta ao seu questionamento desnecessário e à sua ironização falha, usados numa oportunidade que poderia ser aproveitada para comentar as ideias apresentadas no blog.
Belíssima discussão, rapazes! Do tipo que faz bem ler. Abraços.
ResponderExcluirEstou de pleno acordo, Tarsila Marchetti!
ExcluirA mim, por mais que o negue, esse Reinaldo parece ser um verdadeiro purista... do pernosticismo. Cumpre com rigor todas as normas e observa atentamente todos os usos tradicionais que garantem ao falante provar-se um perfeito cretino.
ResponderExcluirConcordo com o Percival. E o pior é que ele não trouxe qualquer contribuição significativa para o assunto principal, que nos trouxe até esta página. Definitivamente um chato.
ExcluirOlá, pessoal! Antes de tudo, gostaria de agrdecer ao autor desse artigo pelas exaustivas e esclarecedoras explicações. Lendo as discussões entre Reinaldo e Davi, veio-me uma impressão: não seriam os dois a mesma pessoa, já que os estilos se assemelham? Se for, parabéns, mais uma vez, ao Davi, além de excelente pesquisador linguista é também um ótimo escritor... Descupem-me não ter acrescentado nada ao assunto que motivou nossas buscas, pois, como disse antes, considerei as explicações suficientemente esclarecedoras. Muito obrigada!
ResponderExcluirBom dia, meu caro!
ResponderExcluirVocê poderia me ajudar a esclarecer uma dúvida?
Qual a grafia correta: mini maternal, minimaternal ou mini-maternal?
Abraços intelectuais.
Minimaternal, segundo as regras do novo Acordo Ortográfico.
ResponderExcluirNossa! Adorei a matéria de Davi Miranda sobre o ouso gramatical da má-formação ou "malformação", pois apesar de, como todas as outras sobre o assunto, não ser conclusiva, me trouxe muito esclarecimento e parabenizo o autor. Também gostei muito da discussão, sadia e em bom nível como deve ser entre pessoas que valorizam o conhecimento. Quanto ao Reinaldo, é um agradável polêmico. Agradeço a todos.
ResponderExcluirEste Reinaldo me pareceu um anão intelectual procurando apenas erros de forma nos excelentes comentários de Davi Miranda, quando o que interessa é sempre o conteúdo. Entrei aqui por conta da dúvida entre malformação e má-formação e me senti amplamente esclarecido. Obrigado Davi.
ResponderExcluirEm priscas eras, aprendi uma regra muito simples para resolver o impasse: busca-se o antônimo das palavras a serem escolhidas e as emprega de maneira harmoniosa. Assim, ter-se-á o que se segue: se "bem" é antônimo de "mal" e se "bom" o é de "boa", chegam-se às seguintes construções: bem- criado (com ou sem hífen) e malcriado; boa formação e má-formação. E ponto final!
ResponderExcluirCostumo usar essa máxima também... Mas adorei ler a pesquisa do Davi. ;)
ExcluirMeu caro anônimo, não quero ser chato, mas você precisa estudar gramática com urgência.
ExcluirDavi, parabéns pela breve e boa discussão sobre o termo em foco!
ResponderExcluirPostarei seu texto em meu site (também defendo essa forma; nada de traduções esdrúxulas, como sítio ou rato, tais quais preferiram nossos irmãos lusitanos).
Um abraço!
Professor, demorei a responder, mas fico grato pelas palavras e também contente por saber que o artigo está sendo útil e bem aproveitado, já que sempre foi essa a minha intenção. Também concordo com o que disse acima.
ExcluirApenas uma breve colocação sobre o uso de "sítio" e "rato", que eu também não utilizo por considerar esdrúxulas e impedirem que a língua portuguesa continue viva: o uso do termo "rato", para o original da língua inglesa "mouse", foi um pequeno erro dos irmãos lusitanos. "Mouse" significa camundongo (Mus musculus) e não rato (Rattus norvegicus). O nome das espécies e as palavras em língua inglesa não estão em itálico por falta de opção para a formatação do texto (esse comentário é para o Reinaldo - kkkk)
ExcluirNo mais, Davi, parabéns pelo texto e por nos trazer ótimas informações. Go ahead! :-)
Parabéns, Reinaldo e Davi Miranda! Vocês fizeram uma metalinguagem: discórdia gramatical no Discórdia Gramatical.
ResponderExcluirTudo é linguagem.
Abraços.
Pois é... Não se poderia esperar outra coisa ao se criar um blog cujo tema é a divergência de prescrições, certo? ;)
ExcluirUm abraço.
Parabéns, Davi, por suas explicações sobre a má-formação de "malformação".
ResponderExcluirSempre questionei a forma "malformação" e agora pude compreender melhor a questão.
Excelente!
Obrigada.
Que bom poder ter sido útil, Letícia! Um abraço.
ExcluirVocê é muito bom, Davi!
ResponderExcluirFico feliz em saber que tenha gostado do texto, Said! :)
ExcluirAdorei tudo que li! Espero mais novidades neste blog sensacional. Esclarecedoras as explicações.
ResponderExcluirAdorei tudo que li! Espero ter mais momentos como esses!
ResponderExcluirUm abraço!
Davi Miranda, apesar de todos os autores citados e do respeito que você possa sentir por eles, eu afirmaria que não faz qualquer sentido essas justificativas fundamentadas na origem de tais "palavrões". Meu caro, você está certo na sua preferência pelo certo, mas não lhe dou razão na sua resignação diante do erro "consagrado". Poucas coisas me irritam tanto quanto esses erros de linguagem justificados com pedantismo filosófico, mas sem qualquer objetivo real. Canso de dizer que o vocabulário muda, enriquece, se deforma, altera o sentido e significado das palavras, modifica-se a pronúncia e a ortografia, mas a gramática, essa permanece. Porque a granática é a espinha dorsal de uma língua e sem ela, a gramática, o idioma se fragmentaria e um país monolinguistico viraria uma grande "Torre de Babel". É hilário que um suposto "gramático" publique uma obra e declare inútil a sua própria utilidade e importância na sobrevivência e fortalecimento de uma língua. Porque são esses mesmos permissivistas que correrão afoitos para me corrigir se acaso eu escrever "sêde", "estrêla" ou "sêco", contrariando entre tantas outras imbecilidades decididas por eles, em consonância com as múmias da ABL e mais outras tantas com suas catedras na ACL (Academia de Ciências de Lisboa). Por outro lado, cansei também de enviar correções às editoras de dicionários, tanto de Portugal quanto do Brasil. Dicionaristas não são necessariamente obsecados por verbetes, mas muito mais por "números". É isso mesmo, eles ficam eufóricos com o maior número possível de verbetes, porque é esse número que faz um "dicionário ser grande' e eles não desejam um "grande dicionário", desejam apenas algo repleto de lixo verbal e o que é pior, sem a devida orientação do que é forma popular, regional e culta. Meu caro, eu ainda perguntaria, para que torturar crianças e adolescentes impregnados de vícios de linguagem familiar e social, com regras e reprovações em enems e vestibulares para depois alguém vir do alto da sua cátedra dizer que aquelas regrinhas eram só uma pegadinha e que agora podem usar tudo o que a mamãe e papai analfabetos lhes ensinaram. Porra, por que então não se acaba logo com a disciplina da língua nativa? Por que não deixar apenas a tradição oral como única mestra? Malformação, maleducação, malcaráter? Anarquia linguística? É de fazer Luis de Camões, Alexandre Herculano, Manuel Said Ali entre tantos outros se levantarem dos respectivos túmulos para expulsarem todos os idiotas que se apossaram das cátedras acadêmicas sem a elas fazer jus. Meu caro não se deixe intimidar por esses pseudogramáticos, porque você possui muito mais saber e bom senso (ou seria bemsenso?)do que eles. Eles apenas querem demonstrar que são donos da língua e acham que podem decidir o que pode e o que não pode.
ResponderExcluirCorrigindo: "obSecado" por "obcecado" (desculpem, erro de digitação).
ExcluirAinda noutro dia discuti com um jurista sobre o mesmo tema e o famigerado defendia com unhas e dentes a legitimidade do uso inadequado de palavrões como "presidenta", "estupro" "latrocínio", "doutor" e entre outras citando em alguns casos leis que o próprio desconhecia seu inteiro teor. É o caso de "presidenta" que até mesmo os "gramáticos" e "imortais" acabam por legitimar essa abominação com base numa suposta Lei que de fato existe, mas que não determina que "a presidente" deverá passar a ser "a presidenta". Porque muito pelo contrário, a Lei ratifica o uso dos substantivos de gênero neutro ou definidos pelos artigos que lhes antecedem. E "larocínio"? O que esta palavra tem em sua raíz ou significado sufixial que possa significar "roubo seguido de morte"? Nada, absolutamente nada. Tampouco os dicionários lhe conferem esse significado. E homofóbico? Em que ponto esta palavra nos diz que significa fobia por homossexuais? Mas logo eles, os dicionaristas, perceberão a oportunidade de acrescentar mais uns verbetes aos seus monturos linguísticos. Acredite meu caro, no dia que todos forem realmente alfabetizados e cultos, icluindo os "mestres" não haverá nenhuma necessidade de debatermos tais questões. Nessa altura a língua tampouco precisará de regras e apenas se modificará pelo enriquecimento sem precisar ser violentada na sua essência.
ResponderExcluirNão estudo letras, sou da área da saúde. Na universidade aprendi que não se deve usar termo má-formação, porque remete à palavra mau, ou seja, ruim. A questão é que não se trata de uma formação má e sim de um organismo que não foi bem formado. Por esse motivo o termo má-formação não é aceito pelos acadêmicos de ciências da saúde e de biologia.
ResponderExcluirAlgo que não foi BEM formado, então, teve uma formação RUIM. Aprenda que, na língua portuguesa, é muito comum que o significado principal de um termo não seja o único, ok?
ExcluirE lembre-se: O que você disse ter "aprendido" na área de saúde sobre língua portuguesa, NÃO FOI ENSINADO POR PROFESSORES DE PORTUGUÊS, valeu?
Profissionais de saúde tem a mania feia de se meter onde não entendem... isso não ocorre só com a "MALCRIAÇÃO", ocorre com várias outras formações e vocábulos.
Abraço!
Os anos passam e a discussão continua!
ResponderExcluirImpressionante!
Rsrs
J Fields, segundo as informações dadas pelo Blogger, este continua sendo o artigo mais acessado do blog ATÉ HOJE. Provavelmente o assunto anda atormentando muita gente Brasil afora (ou adentro?)...
ExcluirOlá, Davi!
ExcluirTive essa dúvida lendo um livro de d.penal, mais especificamente no tema 'aborto' me apareceu essa palavra 'malformação'. Fiquei pensando sobre a escrita e imaginando... 'má-formação'... foi assim q cheguei ao teu blog. Tô até me sentindo autorizado a usar uma ou outra.
Parabéns, Davi! Excelente contribuição!
Excelente Davi, obrigado !
ResponderExcluirParabéns por se preocupar em divulgar os conhecimentos e debatê-los.
Deus abençoe seu caminho.
Eduardo Ortega
Nossa, fiquei em dúvida por causa de tantas reportagens sobre a microcefalia. A maioria diz que é uma "malformação", mas algumas dizem que é uma "má-formação". Não sou estudante de letras, mas gosto de saber como se escreve direito... Aprendi muito aqui. Obrigada Davi.
ResponderExcluirO cérebro pode ser bem ou mal formado ou pode ter boa ou má formação. Nesse caso as duas formas são corretas (má-formação e malformação ) opinião de leigo.
ResponderExcluirMesmo sendo leigo em português eu acho tão óbvio que o correto é má-formação, usando a regra do primário (Boa formação, má-formação; bem formação, mal formação). O mesmo não valendo para criação (não há bem criação, mas boa criação). Que fiquei até assustado em saber que a "malformação" está prevista por tanta gente melhor que eu.
ResponderExcluirDescobri que sou purista...meus amigos consideram-me apenas chata...rs
ResponderExcluirMuito triste de ver que a nossa língua começa a perder a força e copiar dos "mais importantes". sou professora de Português e acho MUITO estranho usar malformação. Entendi a explicação mas me parece mais uma preguiça ou cópia que qualquer outra coisa. É meio como escrever malvontade... De souffrance resolvemos criar sofrência, e por aí vai...
ResponderExcluirParabéns Davi por encetar a discussão, mas entendo que a língua é viva e deve acompanhar o seu tempo com as devidas transformações histórico-sociais e emocionais. E, sim, não devemos nos ater ao que nos querem impor os ferrenhos defensores de regras, normas, pois a língua tem alma, tem sentimento ... Se não, vejam como sente o pessoal da área de saúde, conforme nos remete o Anônimo, logo acima. Seguindo esse sentimento, então, malformação (apesar de doer nos meus ouvidos e de muitos outros) faz todo o sentido!
ResponderExcluirE quanto à regrinha do antônimo, que aprendemos:
-BOM - MAU (no masculino)
-BOA - MÁ (no feminino)
-BEM - MAL
Perdeu todo o sentido?
Nem todo!
Use o bom senso, o sentimento, a emoção, o conhecimento e ... não mate a nossa língua!
MATERIAL MARAVILHOSO! RARO ENCONTRAR ASSIM NA NET! PERFEITO! PARABÉNS!
ResponderExcluirQual o porquê dessa duplicidade?
ResponderExcluirEsse "por quê" é separado. ok?
Não, Magda. No contexto da frase que escrevi, esse "porquê" é junto. Consulte o Houaiss:
Excluirporquê s.m. (1446)
explicação de um fato; razão, motivo <"Não vai dizer-nos o porquê de seu estranho procedimento?">
Parabéns Davi Miranda pela belíssima pesquisa.
ResponderExcluirBelíssima e atual discussão, de grande aprendizado. Parabéns a todos que dela participaram até então.
ResponderExcluirFico com o termo usado pelos acadêmicos das áreas de Ciências da Saúde e da Biologia. Passarei a usar malformação nesses casos.
E, por favor, desculpem minha má-formação.
Parabéns Davi, um "show" de pesquisa.
ResponderExcluirSou médico mastologista e recebi um convite para escrever um capítulo de livro com o título " Mau formações e alterações do desenvolvimento 1 (amastia, hipomastia, hipertrofia mamária, mamas supranumerárias)".
ResponderExcluirGostaria da sua opinião e ajuda, pois para mim o melhor seria Malformações, conforme a Tânia escreveu, contudo estou na dúvida quanto a :
Má-formações
Maformações
Mau formações
Desde já agradeço.
Ângelo Matthes
amatthes@unaerp.br
Olá, Ângelo.
ExcluirIndependentemente da discórdia gramatical, em textos médicos, use "malformações". Você está amparado não só por Luft. Esse também é o posicionamento da Academia Brasileira de Letras. Um abraço.
Oi, Ângelo!
ExcluirSe permite a minha "opinião" de profissional, direi o seguinte:
A ABL não é referência nenhuma. Lembre-se de que Sarney, Paulo Coelho e outras criaturas semelhantes habitam aquele ambiente outrora respeitado.
A coisa deve ser simples assim:
MAL (advérbio) não pode se juntar a FORMAÇÃO (substantivo) e pronto! é só isso! sobre o seu título, o correto é "MÁS FORMAÇÕES" sim!!!!!! e não "MALFORMAÇÃO" nem "MAU FORMAÇÃO", pois "mau" é masculino e a palavra "formação" é feminina.
Simples assim.
Abraço!
"A ABL não é referência nenhuma."
ExcluirÉ sim. Ela é responsável não só pelo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, que registra as formas oficiais da língua, como também pela manutenção das regras ortográficas.
"Lembre-se de que Sarney, Paulo Coelho e outras criaturas semelhantes habitam aquele ambiente outrora respeitado."
Eles não têm NADA A VER com isso. O responsável pela manutenção da ortografia na entidade é o gramático Evanildo Bechara, que, inclusive, dá "malformação" quanto "má-formação" como formas corretas em seu Dicionário de Dúvidas da Língua Portuguesa.
Tempos atrás, quando ouvia o termo "malformação", geralmente dito por um médico, achava esquisito, ou errado mesmo. Só bem depois, estudando, fui entender o sentido das duas formas de escrever. Vejo pelos antônimos: "O feto foi BEM FORMADO". "O feto foi MAL FORMADO" = MALFORMAÇÃO. Não escrevo "MÁ-FORMAÇÃO" porque o contrário de "MÁ" é "BOA" = "BOA FORMAÇÃO". Acho que o sentido muda. Tem mais a ver com escolaridade, educação...
ResponderExcluirPerceba você ou não...
ExcluirMAL (advérbio) + FORMAÇÃO (substantivo) = ERRO!!!
Lamentável se não enxergas.
Gostei muito Davi, da pesquisa e dos debates. Não conhecia a sua página e vim aqui exatamente por causa da "malformação ou má-formação que me deixou dúvidas, mas de agora em diante vou consultá-la sempre. Obrigado!
ResponderExcluirFico muito feliz em ser útil, Eduardo. O maior propósito desse blog é compartilhar essas pesquisas e referências para esclarecer quem acaba se deparando com as mesmas dúvidas ou polêmicas que já encontrei. Um abraço!
ExcluirTenho ouvido em jornais e entrevistas, expressões que também me deixam confusa:"O time... perdeu do campeão", "Os juros caíram pela metade", "Desde que eu sou pequena".
ResponderExcluirMá formação e ponto final. O maior problema da língua portuguesa consiste em todas as outras regras (leis) que nos regem. Isto é, tudo pode no Brasil. Eu fico sem saber se o povo brasileiro é flexível ou FLEXIONÁVEL = genuflexório.
ResponderExcluirO melhor a fazer é utilizar a palavra malformação só para não ter que explicar tudo isso, dói só um pouquinho!
ResponderExcluirLuís, você diz isso porque não entendeu que a proposta do blog não é dizer o que é correto e o que é errado e ponto final. Se você estiver à procura de algo assim, "só pra não ter que explicar tudo isso", não faltam blogs e livros pra isso mundo afora à sua disposição. A proposta aqui é explicar por que é correto e por que é errado; é discutir divergências de prescrições gramaticais e estudar a razão pela qual diversas palavras, locuções e construções sintáticas se tornam corretas ou são consideradas erradas. Quem não tem paciência para desejar entender como funciona a língua perde seu tempo vindo aqui.
ExcluirDavi Miranda, não sou catedrático, portanto peço desculpas por ter manifestado a opinião do humilde pesquisador que sou, então sinta-se à vontade se quiser deletar meu infeliz comentário do seu blog!
ResponderExcluirAbraços!
òtima pesquisa.
ResponderExcluirEu uso malformação simplesmente pq pra mim e a formação não carece de bondade; a formação não é má. Para mim é uma formação que ocorreu mal, que ocorreu com erro. Concordo com a derivação a partir de malformado e com a descrição do Houaiss, dado que refere-se a uma patologia.
Opinião cada um tem a sua. Cegalla e Napoleão SÃO MESTRES, o "gauchinho" lá... sem comentários!
ResponderExcluir" Ora, ora, o que está em jogo não é 'criação que seja má' e sim 'qualidade ou ato de malcriado'. "
Se é "QUALIDADE" então o certo é "MAU/MÁ" (adjetivo) e não "MAL" (advérbio). Isso foi PERFEITO!
Eu como médico de formação sempre usei o termo malformação baseando no oposto "bem formado" e não "Má Formação" com o oposto "Bom formado" , a criança com uma malformação não é bem formada e não boa formada ... Estarei errado no meu raciocínio ?
ResponderExcluirOlá. Incrível como um assunto como este se estende por tanto tempo. Eu vim parar neste blog por ter ouvido em várias reportagens a palavra "malformação" e sempre achar muito esquisito. Sempre soou muito mal aos meus ouvidos! Agora, vendo as colocações, por sinal, muito boas, do Davi Miranda, não consigo acreditar que catedráticos aceitem esta forma como culta.
ResponderExcluirEu concordo com Wagner Homem Barros: Formação = substantivo feminino, não dá pra "colar" com "mal". Observando o comentário do "Desconhecido" em 20 de outubro de 2017 19:11:
"... o termo malformação baseando no oposto 'bem formado' e não 'Má Formação' com o oposto 'Bom formado' ...", fica mais evidente que o termo está errado.
Pra mim, e creio que pra maioria, o oposto de 'bem formado' é 'mal formado' e não 'Má Formação'. 'Má Formação' é o oposto de 'Boa Formação', pois se trata da qualidade da formação e não se é do bem ou do mal.
Apesar dos "sábios" e "letrados" da ABL, na pessoa de Evanildo Bechara, aceitarem os dois termos, eu fico com 'má formação', que faz mais sentido ter oposto em 'boa formação' e não em 'bem formado'.
De qualquer forma, devo dizer que o artigo é de excelente qualidade. Parabéns, Davi Miranda!